O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) de Salvador (BA) realizou um ato pelo Dia Internacional da Mulher nesta sexta-feira (8) e bloqueou parte da Avenida Paralela, na capital baiana. A via é uma das principais que dão acesso ao aeroporto da capital baiana.
O grupo formado principalmente por mulheres protestava contra as violências que atingem o campo e a cidade, juntando duas pautas: o fim da violência contra a mulher e o direito à terra.
A mobilização atrapalhou os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que se dirigiam ao aeroporto para recepcionar o político que chegou em Salvador para participar de evento do Partido Liberal.
Nas redes sociais, conservadores divulgaram vídeos mostrando o engarrafamento gerado pelo ato do MST, com muitos motoristas descontentes por terem a via bloqueada.
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, em mais um episódio de seu ativismo político, criticou a “manipulação política” da religião para canalizar votos em detrimento de opositores. De acordo com Barroso, a fé deve ficar restrita à vida privada das pessoas em vez de se estender para um “uso abusivo” por parte de líderes políticos.
O magistrado discursou durante aula magna na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), nesta sexta-feira (8), onde militou por alijar a fé da seara política.
– Precisamos combater a captura da religião para servir a causas políticas temporais e não espirituais, a instrumentalização de líderes religiosos para captar votos e dizer “o meu adversário é o demônio, quem votar nele não vai para o céu”. É uma forma bárbara, anticristã, de lidar com a religião – disse o ministro durante aula magna na PUC-Rio.
Em sua fala, o ministro citou a religião amplamente, mas em seguida faz referência apenas à fé cristã. Vale destacar que a maioria dos cristãos tendem ao conservadorismo e se identificam mais com pautas direitistas. A maioria dos brasileiros professa a fé cristã. A evidente inclinação progressista de Barroso o garante em lugar de suspeição ao propor a separação da visão religiosa das pautas ideológicas e políticas.
O magistrado selecionou um recorte controverso sobre os atos de 8 de janeiro e disse, sem qualquer comprovação, que ficou surpreso ao ouvir relatos sobre manifestantes que, após a depredação, se ajoelhavam para rezar.
– Fiquei imaginando que estranha mistura seria essa da religião com ódio, porque a religião verdadeira é o oposto do ódio, da violência. É a capacidade de lidar com o outro, mesmo quando ele tiver um comportamento absurdo, para compreendê-lo e convertê-lo – sofismou Barroso.
O ex-deputado federal Daniel Silveira escreveu uma carta na prisão parabenizando a Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) por derrubar a prisão do deputado estadual Capitão Assumção (PL), que havia sido determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) por supostos ataques à Corte e divulgação de fake news.
Para Silveira, “a posição firme do presidente da Ales, Marcelo Santos, na sessão, mostra seriedade e compromisso com o povo, e a posição técnica do relator, Lucas Scaramussa, em seu brilhante relatório, tem a mesma seriedade e comprometimento, bem como coragem em dizer ‘não’ à tirania e ‘sim’ aos direitos e liberdades”.
No texto obtido pela revista Oeste, Silveira menciona o Artigo 53 da Constituição da República, que versa que congressistas “são isentos de enquadramento penal por suas opiniões, palavras e votos, ou seja, têm imunidade material no exercício da função parlamentar”.
O ex-deputado ainda declara que é de conhecimento internacional que autoridades brasileiras estariam usando a máquina pública para “perseguir” opositores políticos.
– Até mesmo o Congresso norte-americano já está prestes a colher depoimentos de pessoas exiladas e perseguidas no Brasil. Temos jornalistas exilados, deputado federal preso por palavras, manifestantes presos aos milhares e uma polícia sendo usada como brinquedo para sádicos – acrescentou.
Ele ainda cobrou que o Parlamento se posicione em relação a esse tema e impeça “tirania” e “abusos de poder” contra os integrantes do Poder Legislativo.
O veterano jornalista esportivo Milton Neves usou suas redes sociais, nesta sexta-feira (8), para criticar a postura da imprensa dispensada ao deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), agora eleito presidente da Comissão de Educação da Câmara.
Em publicação na rede social X, Neves exibiu um vídeo em que Nikolas é entrevistado na CNN Brasil, pela âncora Raquel Landim, que exibe no vídeo uma expressão fechada, classificada como “carrancuda” pelo jornalista.
Milton enalteceu a eloquência do parlamentar e questionou se essa mesma aparência sisuda foi adotada pelos jornalistas diante dos “antigos presidentes dessa tal Comissão de Educação”.
– Muito preparado e fala bem. Não consigo entender os rostos carrancudos para entrevistar o “menino” Nikolas. Os antigos presidentes dessa tal comissão de educação teve (sic) o mesmo “tratamento”, entendidos que cobrem o assunto?
Um editorial com críticas incisivas à política externa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi publicado pelo jornal O Estado de São Paulo nesta sexta-feira (8). No texto intitulado A Imoralidade de Lula, o periódico observa que o petista ridiculariza dissidentes políticos e celebra ditadores, tendo como único critério a oposição do país ao Ocidente e aos Estados Unidos.
– Para antagonizar os Estados Unidos, fustigar o Ocidente e proclamar sua vocação de salvador dos pobres e oprimidos na geopolítica internacional, Lula manda às favas o histórico da diplomacia brasileira de prudência, neutralidade e respeito à democracia, e arrasta consigo o Brasil e sua política externa. Combina a habitual fala sem filtros em temas espinhosos dos quais nada entende com a defesa obscena de ditaduras e ditadores. A Lula pouco importa o que autocratas fazem contra a democracia e os direitos humanos, basta que se insurjam contra os Estados Unidos – aponta o jornal.
O Estadão cita como exemplo a fala de Lula em apoio ao ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, e em ironia à líder oposicionista, María Corina Machado, que conforme expõe o editorial, foi vítima de flagrante perseguição ao ser proibida pela Suprema Corte chavista de disputar as eleições.
– Como se qualquer outro candidato pudesse concorrer livremente num ambiente totalmente controlado por Maduro. Não foi uma gafe ou um escorregão retórico movido pelo improviso. Trata-se de um padrão e, como tal, um atestado de suas convicções. É longa a sua coleção de declarações em favor de ditaduras, a começar pela própria Venezuela, um país “democrático” até demais, segundo Lula, por realizar “mais eleições que o Brasil”. Relativizando as barbaridades promovidas por Maduro, o presidente brasileiro afirmou que o “conceito de democracia é relativo” – recorda o texto.
O periódico assinala que, na visão do petista, a democracia não tem a ver com soberania popular, liberdade de expressão e de imprensa, mas sim com “a intransigência com qualquer forma de arbítrio de tiranos”.
– Em seu relativismo, os ditadores companheiros são “democratas” porque se julgam intérpretes das aspirações do “povo” – declarou o jornal, mencionando também a defesa que Lula faz aos regimes autoritários em Cuba e na Nicarágua.
O jornal conclui dizendo que o presidente brasileiro se descredencia como “líder global digno de respeito” e “debilita a política externa brasileira” ao “saltar do abismo moral para se alinhar ao que há de mais retrógrado e autoritário”.
Fabio Wajngarten, advogado de Jair Bolsonaro (PL), disse ter recebido a informação de que um homem portando uma faca foi preso em um evento no qual o ex-presidente estava presente, na cidade de Não-Me-Toque, no Rio Grande do Sul, nesta terça-feira (5).
– Recebo com preocupação a informação de que foi preso um homem ontem em Não-Me-Toque/RS portando uma faca justamente na feira onde o presidente Jair Bolsonaro estava – disse Wajngarten em publicação na rede social X.
O advogado informou também que solicitou à Polícia Federal que apure a ocorrência “com lupa”.
– Solicito à Policia Federal que apure com lupa a ocorrência. Se necessário os advogados do presidente estão à disposição para o devido acompanhamento – completou.
Bolsonaro está em terras gaúchas acompanhado dos deputados federais Tenente Coronel Zucco (PL-RS) e Bibo Nunes (PL-RS). Ele foi recebido por uma multidão de apoiadores no Aeroporto da cidade de Passo Fundo.
De lá, ele seguiu de carro até Não-Me-Toque, onde pessoas subiram até em cima de tratores para tentar enxergar o líder conservador e ovacioná-lo. No município, Bolsonaro participou da Expodireto Cotrijal.
A feira recebe expositores focados nas áreas de tecnologia e negócios direcionadas para o agronegócio. O objetivo do evento é aproximar os produtores do meio digital para ampliar as oportunidades de mercado. A Expodireto Cotrijal vai até o dia 8 de março.
Durante entrevista à CNN, o ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT) fez uma denúncia contra o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), dizendo que este pode ser um escândalo maior que o Mensalão e o Petrolão.
Segundo Gomes, o governo federal vendeu R$ 93 bilhões de precatórios para dois bancos do país. Segundo ele, a compra foi feita com um deságio de até 50%.
– Eles [o governo] venderam os precatórios para bancos, para poucos bancos; dois bancos, que compraram esses precatórios com deságio de até 50%. Isso é uma falcatrua maior que a do Mensalão e do Petrolão juntos – declarou o pedetista.
O ex-governador do Ceará chegou a insinuar que a grande imprensa não estava noticiando o caso e disse que o Ministério Público pode investigar o caso e descobrir se é verdade ou não a denúncia que ele está apresentando.
No geral, o governo federal é o devedor do precatório, ou seja, ele é quem deve pagar. O comum é que o credor venda os precatórios, não o responsável pelo pagamento. A menos que os precatórios citados por Ciro Gomes sejam de estatais, não da União.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a dizer que Jair Bolsonaro (PL) tentou dar um golpe de Estado, e que o ato na Avenida Paulista no última dia 25 de fevereiro mostra que o ex-presidente tinha ciência disso, de que “fez burrice”. As declarações foram dadas durante a 4ª Conferência Nacional de Cultura, em Brasília (DF), nesta segunda-feira (4).– Teve um ato no domingo passado. Aquele ato o que é que era? Aquele ato é de um cidadão que sabe que fez caca, que sabe que fez uma burrice, que sabe que tentou dar um golpe, que ele vai para a Justiça, que sabe que ele vai ser julgado e, se ele for julgado, ele pode ser preso e ele está tentando escapar – disse o petista.
– Ele preparou um golpe. Ele estava tentando imaginar como é que ele ia fazer para não deixar o presidente eleito tomar posse – afirmou Lula em relação à reclusão de Bolsonaro logo após o resultado das urnas.
O petista falou também sobre a ida de Bolsonaro aos Estados Unidos antes da posse presidencial, o que ele classificou como “se borrar de medo”.
– Eu acho que ele se borrou de medo e resolveu ir embora para os Estados Unidos para não ver a posse. Ele imaginava que as pessoas que ele pagou, que ele ajudou a financiar para ficar na porta dos quartéis, ele achava que essa gente ia dar o golpe e possivelmente ele fosse ungido pelo povo fascista desse país a voltar nos braços do povo para assumir a presidência da República.
O advogado e ex-secretário de Comunicação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Fabio Wajngarten, se manifestou por meio das redes sociais após um relatório de especialistas da Organização das Nações Unidas (ONU) apontar que há “motivos razoáveis” para acreditar que o grupo terrorista Hamas estuprou mulheres durante os ataques realizados em Israel, em outubro de 2023. No post, Wajngarten não citou a ONU.
Ele, porém, fez críticas ao governo do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em função das recentes declarações sobre o conflito entre Israel e o Hamas.
– Para surpresa de ZERO pessoas, resta evidente que vítimas e reféns do Hamas foram submetidas a: estupro; tortura sexual; estupro coletivo; necrofilia. Ainda há evidencias de que a violência sexual persiste com os reféns. Para o governo Lula, Israel é o vilão. É inadmissível – escreveu o advogado, no X.
RELATÓRIO DA ONU Nesta segunda-feira (4), especialistas da Organização das Nações Unidas (ONU) disseram que há “motivos razoáveis” para acreditar que o grupo terrorista Hamas cometeu estupro, tortura sexual e outros tratamentos cruéis e desumanos contra mulheres durante os ataques realizados em Israel, no dia 7 de outubro de 2023. As informações são do G1.
– Foram reunidas informações circunstanciais críveis, que podem ser indicativas de algumas formas de violência sexual, incluindo mutilação genital, tortura sexual ou tratamento cruel, desumano e degradante – aponta o relatório.
O documento tem 24 páginas e foi produzido pela equipe de Pramila Patten, enviada especial da ONU para violência sexual em conflitos. Ela visitou Israel e a Cisjordânia entre os dias 29 de janeiro e 14 de fevereiro para reunir, analisar e verificar informações sobre violência sexual relacionada aos ataques do grupo terrorista.
Patten indicou ainda que há “motivos razoáveis para acreditar que tais violências podem estar em curso”.
– A equipe da missão encontrou informações claras e convincentes de que alguns reféns levados para Gaza foram submetidos a várias formas de violência sexual relacionadas ao conflito e tem motivos razoáveis para acreditar que essa violência possa estar em curso – defende o relatório.
Ela não conseguiu se reunir com nenhuma vítima de violência sexual. Membros da equipe de Patten realizaram 33 reuniões com instituições israelenses e entrevistaram 34 pessoas, incluindo sobreviventes e testemunhas dos ataques de 7 de outubro, reféns libertados, provedores de saúde e outros.
– Há motivos razoáveis para acreditar que ocorreu violência sexual relacionada a conflitos durante os ataques de 7 de outubro em vários locais ao longo da periferia de Gaza, incluindo estupro e estupro em grupo, em pelo menos três locais – avaliou Patten.
A equipe descobriu “que vários corpos totalmente nus ou parcialmente nus da cintura para baixo foram recuperados – principalmente mulheres – com as mãos amarradas e atingidos várias vezes, muitas vezes na cabeça”.
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