O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) voltou a criticar a escolha de Ricardo Cappelli para o comando interino do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Em entrevista à CNN Brasil, nesta segunda-feira (24), Mourão disse que “a escolha tem que ser em alguém capacitado para essa atividade”.
Segundo o senador, Cappelli “entende de segurança nacional ou pública” quanto ele de física quântica”.
– Acho que a escolha tem que ser em alguém capacitado para essa atividade, que normalmente é um militar, mas existem civis com essa capacitação. Agora o senhor Ricardo Cappelli, eu deixo muito claro que ele entende tanto de segurança nacional ou pública quanto eu de física quântica – disse.
A brasileira Manuela Vitória de Araújo Farias, presa no dia 1° de janeiro deste ano por tráfico de drogas na Indonésia, já tem data para ser interrogada pela Justiça do país asiático: dia 2 de maio. A informação foi divulgada pelo portal G1 após ser obtida com o advogado Davi Lira da Silva, que trabalha para a família de Manuela. O tráfico na Indonésia pode ser punido até com pena de morte.
– A justiça lá é célere. A gente não tem como precisar [a data da sentença]. Mas os fatos foram em 1° de janeiro, nós estamos quase em maio e já vai ser encerrada toda a parte de cognição. Então, a gente imagina que em maio tenha uma sentença – disse o advogado.
Manuela saiu de Florianópolis (SC) e foi detida no primeiro dia deste ano no aeroporto de Bali. Ela carregava cerca de três quilos de cocaína. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, quem for flagrado com drogas na Indonésia, em qualquer quantidade, pode ser sentenciado a vários anos de prisão ou detenção perpétua. No entanto, a pena mais pesada é a de morte.
Na última semana, Manuela saiu da delegacia onde estava e foi transferida para o Presídio Feminino de Kerobokan, onde está atualmente na fase do processo de isolamento. Para a defesa da brasileira, o objetivo ao final do julgamento é fugir das duas penas máximas: morte ou perpétua.
– O que a gente quer é fugir das duas penas máximas, que é tanto a pena capital quanto a de prisão perpétua. A gente quer colaborar com a Justiça da Indonésia de todas as formas possíveis e imagina uma pena de prisão, mas que escape tanto da prisão perpétua, quanto da pena de morte. Isso já seria uma grande vitória para a defesa da Manuela – sustenta a defesa da brasileira.
Um homem de 42 anos se disfarçou de menina, entrou em uma escola e foi até o banheiro feminino para tirar fotos. O caso aconteceu em Huancayo, no Peru, e chamou a atenção da imprensa internacional.
Identificado como Walter Solís Calero, o acusado foi pego dentro da escola e foi levado para a delegacia. Agora ele será investigado pela Promotoria de Violência Contra a Mulher.
Solís Calero foi preso pelo crime de tentativa de violação da intimidade pessoal e atentado ao pudor, segundo a tipificação do artigo 176 do Código Penal peruano.
As imagens que mostram o homem deixando a escola também mostram que os pais dos alunos tentaram linchá-lo. Questionado se estava arrependido do que fez, ele disse que não.
– Não tenho do que me arrepender, não fiz nada. Eu só queria tirar uma foto – declarou Solís Calero.
As investigações iniciais mostram que o homem tinha mais fotos de crianças em seu celular. As informações, porém, não dizem se são de outras crianças ou se é o próprio acusado vestido como criança.
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que assumiu a presidência do diretório do Partido Liberal na cidade de Belo Horizonte, saiu em defesa do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
Em um vídeo divulgado nas redes sociais, Nikolas também alfinetou o Supremo Tribunal Federal (STF) e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
– Quero pedir licença aqui para poder falar com quem está assistindo a este vídeo agora. Muitas vezes, a gente vê nos noticiários notícias, e as pessoas podem se perguntar: “O que isso tem a ver comigo?”. Discussões a respeito de comissões mistas, a respeito de MPs. O que isso tem a ver com o brasileiro no dia a dia? E eu quero explicar isso aqui pra você do quão importante é a gente estar atento a esses temas porque isso impacta diretamente a sua vida. Agora nós estamos tendo um embate, né, em relação às MPs, às comissões mistas, de como será feito. (…) E o que aconteceu agora no Senado, recentemente, que eu quero abrir os olhos, né, da população brasileira que, geralmente, acha que o senador é só um deputado mais velho. Não sabe que o senador tem algumas prerrogativas diferentes dos deputados. E por que eu digo isso? Porque o presidente do Senado, influenciado por alguém que acha que ainda é o rei do Brasil, senador Renan Calheiros, fez uma questão de ordem ultrapassando o rito normal de que deveria ser chamada uma sessão para poder olhar de forma conjunta com esta Casa a apreciação das comissões mistas. [Ele] simplesmente fez uma questão de ordem, e o presidente do Senado acatou, para que fosse feita a comissão no rito, anteriormente, ultrapassando aqui o diálogo dessas casas, desrespeitando o nosso presidente Lira, desrespeitando esta Casa. Simplesmente, porque caso o presidente do Senado convocasse a sessão, o que aconteceria, deputado André Fernandes? Seria, automaticamente, convocada a CPMI do dia 8 de janeiro. Então, por uma artimanha, né, digamos, regimental, estão passando por cima do diálogo da democracia que tem que haver entre essas duas Casas. (…) Estou aqui para fazer a defesa deste Parlamento. (…) As prerrogativas, já que o Senado quer ser tanto revisor quanto iniciador, vamos fazer com que não somente o Senado ele tenha a prerrogativa de indicar ministro do STF, de também fazer a sabatina dos ministros do STF, de também indicar diretores para agências reguladoras e embaixadoras. Vamos fazer com que também a Câmara Federal possa apreciar isso também! Eu tenho certeza que é a vontade do povo brasileiro, que esta Casa, por exemplo, faça aí uma apreciação de impeachment de algum ministro aí do STF.
O deputado federal André Fernandes (PL-CE), autor do requerimento da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, mostrou-se irritado com mais uma manobra do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), contra a instauração da comissão, adiando a sessão do Congresso.
Fernandes disse que Pacheco mostra-se um “presidente fraco” e que “não tem palavra”.– Não tem outra solução que não seja obstruir totalmente. Não votaremos nada até que aconteça a sessão do Congresso – afirmou.
O parlamentar acredita que se a oposição não agir, Pacheco vai tornar a adiar a sessão, até que consiga desmobilizar a CPMI.
– Teve acordo para que a sessão do Congresso acontecesse hoje. Agora o governo amanheceu recuando. Eles mentem e não cumprem nada – reclamou Fernandes.
Rodrigo Pacheco havia marcado a sessão para esta terça-feira (18), às 12h, mas cedeu aos governistas e adiou para quarta-feira (26).
O governo quer o adiamento da sessão para ganhar tempo, no intuito de convencer mais parlamentares a retirarem suas assinaturas do requerimento. Neste momento, a CPMI possui a adesão de 194 deputados e 37 senadores, muito além do necessário para a instauração da comissão, que exige 171 deputados federais e 27 senadores.
Uma queixa-crime foi apresentada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado federal André Janones (Patriota-MG). Bolsonaro aponta injúria e calúnia. As informações são do Metrópoles.
O ex-chefe do Executivo citou os tuítes em que Janones se refere a ele como “miliciano ladrão de joias”, “ladrãozinho de joias”, e “assassino”, além de afirmar que ele “matou milhares na pandemia”.
– As manifestações do querelado não estão acobertadas pela imunidade parlamentar (artigo 53 da CRFB), uma vez que as ofensas proferidas deliberadamente, sem qualquer contextualização ou veracidade, não guardam relação com o debate político, não são críticas políticas e, muito menos, confronto de ideias – aponta o advogado de Bolsonaro, Antonio Carlos Fonseca.
Míriam Leitão fez comentários sobre o que chamou de “declarações infelizes de Lula”na China. A avaliação da jornalista foi publicada, no último domingo (16), no jornal O Globo.
O texto foi intitulado “As trapalhadas na visita à China”. Segundo Míriam, o petista “errou ao falar e ao não falar”. Ela observou ainda que o atual presidente brasileiro “fez improvisos infelizes, que mostraram pouca sabedoria para lidar com as relações internacionais”.
– O presidente Lula estava com tudo preparado para ganhar a visita à China, mas errou ao falar e ao não falar. Não quis dar entrevista à imprensa brasileira, hábito que até os ditadores militares seguiam quando em viagem ao exterior. No dia seguinte, pediu desculpas. Fez improvisos infelizes, que mostraram pouca sabedoria para lidar com as relações internacionais. (…) Não é necessário dar gritos de independência em relação aos Estados Unidos, só por estar em solo chinês – escreveu.
A jornalista fez uma avaliação negativa do que Lula disse sobre o dólar. Ao defender o uso de moedas locais entre as economias que formam o Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), Lula sugeriu uma moeda alternativa não apenas para as transações comerciais, mas também uma opção para driblar as sanções impostas pelos americanos.
– A declaração do presidente contra o dólar não faz sentido algum. Ninguém precisa perder noite de sono se perguntando por que o dólar é a moeda mais usada no comércio internacional. Não existe qualquer obrigação de se transacionar com o dólar, mas tem sido a moeda de referência, porque tem mais liquidez e um emissor confiável. (…) É meio patético ficar na China mandando recados desaforados para os Estados Unidos. Não é uma questão de escolha entre a China e os Estados Unidos. O desejável é ter boas relações com ambos. Em outro momento infeliz, Lula atacou o FMI na posse da ex-presidente Dilma Roussef no comando do Banco do Brics, dizendo que a instituição “asfixia” os países. (…) De novo, é o Brasil se colocando em patamar inferior ao que já alcançou – destacou ainda Míriam Leitão.
No Twitter, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) reagiu ao que a jornalista escreveu.
– Sim, estamos todos envergonhados e apreensivos com as péssimas e temerosas declarações que este presidente deu lá na China – comentou.
Felipe Moura Brasil, âncora da CNN, publicou em sua rede social uma extensão do vídeo que resultou em um pedido de prisão do senador Sergio Moro (União Brasil-PR) feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
O jornalista contextualizou a polêmica fala do ex-juiz sobre “comprar um habeas corpus” do ministro do STF Gilmar Mendes.
em uma festa junina em meio à brincadeira de “prisão”, popular na festividade. A brincadeira consiste em uma pessoa ser presa, indicada por alguém da festa, só podendo sair mediante o pagamento de uma prenda.
Moro, que estava acompanhado de sua mulher, Rosângela Moro, foi conduzido à prisão fictícia. Logo depois, ele profere a declaração sobre o ministro Gilmar Mendes.
– No Brasil, o sistema solta os envolvidos em suborno e quer prender quem faz piada com isso. A vingança chegou – disparou Felipe Moura na legenda da publicação.
Sergio Moro repercutiu a postagem do jornalista.
– A recente postagem do Felipe Moura Brasil esclarece tudo (…). Tenho divergências sérias com o ministro Gilmar Mendes, mas nunca o acusei de crimes. O culpado pela ofensa ao ministro Gilmar é quem na sexta-feira editou e divulgou trechos do vídeo com malícia. Eu, da minha parte, nunca tive o vídeo. Acho estranha e repudio a denúncia relâmpago. Se a PGR tivesse me ouvido antes, explicaria tudo – escreveu o ex-juiz.
O senador disse ainda que não postaria o vídeo, pois “do jeito que as coisas andam, é capaz de me prenderem”.
Em resposta, Felipe Moura discorreu sobre como fazer jornalismo.
– Jornalismo é assim: apura, contextualiza e analisa os fatos que instituições politizadas omitem e distorcem quando desejam punir desafetos do sistema, sem sequer ouvi-los, com a complacência de gente que deixou de ser jornalista para embarcar na vingança.
Uma investigação da Polícia Federal que está em andamento cita uma possível relação da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) com pagamentos feitos para a defesa de Adélio Bispo, autor da facada contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em setembro de 2018. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (19) pelo jornal Folha de São Paulo.
De acordo com o veículo, a tese é fundamentada em pagamentos feitos por acusados de integrar a facção e que tiveram como destinatário um dos advogados que defendeu Adélio. Os repasses, porém, foram feitos dois anos depois do crime contra Bolsonaro. Ainda segundo a Folha, integrantes da atual direção da PF consideram a hipótese como inconsistente.
O novo andamento do inquérito aconteceu após a Justiça autorizar o acesso ao conteúdo do celular de um dos advogados que fizeram parte da defesa de Adélio e depois de um novo delegado da PF assumir o caso. Já a inconsistência apontada pela cúpula da Polícia Federal estaria justamente no fato de que os pagamentos sob suspeita foram realizados apenas dois anos após o atentado.
SOBRE OS PAGAMENTOS SUSPEITOS Para embasar a linha de apuração que envolve o advogado Fernando Costa Oliveira Magalhães – um dos profissionais que integrou a banca que fez a primeira defesa de Adélio – e a facção criminosa, a investigação cita ao menos quatro suspeitas.
A primeira delas é a descoberta, por meio do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), de pagamentos fracionados de R$ 315 mil feitos em 2020 por pessoas ligadas à facção para uma empresa no nome de Magalhães.
A segunda envolve o fato de que esse montante é próximo ao valor citado por Zanone Oliveira Junior, que fez a defesa de Adélio, sobre o quanto ele teria cobrado caso tivesse ficado no caso até eventual chegada de recursos ao Supremo Tribunal Federal. O defensor disse que o valor seria entre R$ 150 mil e R$ 300 mil.
Houve também a descoberta de um registro no livro-caixa de Zanone com pagamento de R$ 25 mil e a rubrica “caso Adélio”. Além disso, uma outra suspeita residiria no fato de que um grupo de troca de mensagens entre os advogados no aplicativo WeChat tinha como nome “Adélio PCC”.
Segundo a investigação, os R$ 315 mil seriam oriundos de empresas consideradas laranjas e utilizadas pelo “Setor de Ajudas” do PCC, uma estrutura que tem como função custear despesas de integrantes da facção. Já no grupo do WeChat, acessado a partir do celular de Zanone, as conversas tinham como assunto a preocupação com o fato de Magalhães ter defendido membros do PCC.
ADVOGADO NEGA RELAÇÃO DE PAGAMENTOS COM CASO ADÉLIO À Folha, o advogado Fernando Magalhães disse que os repasses feitos para sua empresa não têm relação com a defesa de Adélio e que os pagamentos “estão relacionados à defesa dos interesses de clientes”. O advogado alegou também que nunca teve relação com o PCC e que os valores recebidos para a defesa de Adélio estão relacionados a Zanone Junior.
– Quanto aos valores recebidos para a defesa de Adélio, tal contrato e tabulações são exclusivamente relacionadas ao Dr. Zanone Junior. Eu, Fernando Magalhães, fui convidado pelo mesmo a auxiliar na defesa, tive sério e enorme prejuízo com a causa, de ordem pessoal, familiar e financeira – declarou.
Sobre o grupo de advogados que foi batizado de “Adélio PCC”, o delegado disse ter sido “uma galhofa impensada de um dos advogados”. A Defensoria Pública da União, que atualmente representa Adélio, disse não ter sido notificada da nova investigação da PF e, portanto, não comentaria o caso.
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