José Avelino Pereira, conhecido como Chinelo, presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados do Brasil (Sinab), é aliado do ministro da Previdência do governo Lula (PT), Carlos Lupi (PDT). Ele já foi preso por desviar recursos públicos, mas, devido ao estreito relacionamento com Lupi, conseguiu uma vaga no Conselho Nacional da Previdência Social, pasta que define regras sobre a vida financeira dos aposentados.
Em 2019, uma operação deflagrada pela Polícia Federal descobriu que Chinelo comandava uma quadrilha que desviava recursos públicos burlando licitações da prefeitura de Araçatuba, interior de São Paulo. De acordo com as investigações, o grupo liderado pelo aliado de Carlos Lupi causou um rombo de R$ 15 milhões em dois anos. Agora, o Ministério Público estadual precisa analisar se ingressará com a denúncia.
O Ministério da Previdência Social diz que a relação de Lupi com os conselheiros é “cordial” e que o sindicalista “tem direitos políticos preservados”, já que não há condenação definitiva em seu desfavor.
No vácuo da atuação do Ministério Público, Chinelo e o sindicato presidido por ele somam dezenas de processos por desfalque em aposentadorias. O Sinab classifica os processos como “injustos e indevidos” e afirma que vem recorrendo das condenações, conseguindo êxito em alguns casos.
De acordo com levantamento feito pelo jornal O Globo, a relação entre Chinelo com o ministro de Lula não é tão somente “cordial”, como expôs Lupi. O sindicalista comandou o PDT de Araçatuba em 2023, portanto, são correligionários. Lupi era o presidente nacional do PDT e apenas se licenciou do comando da legenda após assumir o cargo no governo petista. Mesmo “afastado” da sigla, Lupi segue dando as ordens no partido.
FONTE:PLENO NEWS
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