O Supremo Tribunal Federal (STF) deve encerrar nesta semana, em plenário virtual, o julgamento do recurso da Procuradoria-Geral da República contra a validade da delação do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral. No depoimento à Polícia Federal, Cabral acusa o ministro Dias Toffoli de participar de um esquema de venda de sentenças judiciais. A confissão é parte do material que a PF juntou em investigação sobre a delação, que inclui e-mails, agendas e registro de reuniões, além da análise de decisões do magistrado que teriam beneficiado os citados. Em um vídeo de 14 de setembro de 2020, Sérgio Cabral relata supostos pagamentos de propina a Toffoli, depositados pelos então candidatos a prefeituras fluminenses quando ele ainda era presidente do Tribunal Superior Eleitoral.
As negociações, que totalizaram R$ 4 milhões na época, teriam sido intermediadas pelo ex-policial José Luiz Solheiro. “O ministro Dias Toffoli lidera um grupo de pessoas para busca de vantagens indevidas e eu sou testemunha disso, porque eu participei, inclusive, de pagamentos de vantagens indevidas”, afirmou o ex-governador. Ainda de acordo com Sérgio Cabral, a prefeita de Bom Jesus de Itabapoana, Branca Motta, conseguiu um resultado favorável por causa de um voto de Toffoli no TSE. “Por intermédio do José Luix Solheiro, a prefeita Branca Motta também encontrou a solução para conquistar, com vantagens indevidas, o voto do ministro Dias Toffoli no TSE”, acrescentou. O ministro Dias Toffoli já negou ter recebido qualquer valor em troca de sentenças no STF ou no TSE e diz desconhecer os fatos citados pelo político, que está preso.
fonte:*Com informações da repórter Elisângela Almeida:
https://jovempan.com.br/
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